Acredito que todo mundo já traçou um “Plano B” na vida. Seja relacionado à profissão, a uma viagem, a um relacionamento, à aquisição de um bem, enfim… A ideia de “se não der certo essa primeira opção (a que eu realmente desejo) eu fico com a opção B” costuma povoar nosso imaginário com alguma frequência.
Por “Plano B”, portanto, estou me referindo à estratégia de se preparar, de se antecipar de alguma forma caso o real desejo não se concretize. Ou seja, uma forma de se proteger.
Você já parou para pensar, com mais calma e sob uma outra perspectiva, o que pode representar um “Plano B” em sua vida?
E se eu lhe disser que justamente o “Plano B”, que à princípio pode parecer “a salvação da lavoura caso tudo o mais dê errado”, pode ser justamente aquilo que te conduz ao FRACASSO?
Como assim?!?
Pare por um minuto e pense numa situação recente na qual você tinha um “Plano A” e um “Plano B”.
Pensou? Não? Então pense e não avance a leitura sem pensar…
O que acontece geralmente quando trabalhamos com “Plano A” e “Plano B (e/ou Plano C, D, E…) é que a gente informa ao nosso cérebro uma diversidade de possibilidades. Por mais que haja uma alternativa preferencial, a gente também envia informações de outras alternativas caso o que realmente queremos não seja alcançado.
Ou seja, se você trabalha com “Plano A” e “Plano B”, você dispersa sua preciosa energia em mais de uma opção, inclusive naquela(s) que não é/são a(s) sua(s) preferida(s).
Isso mesmo, você já entendeu o raciocínio… Você investe tempo e se engaja em uma séria de ações: desde pensar sobre as outras opções menos desejáveis, até mesmo realizar ações que aumentam a probabilidade destas opções se tornarem realidade.
O que acontece em contrapartida? Você investe menos tempo/energia e se engaja com menor frequência em ações que aumentam a probabilidade do que você realmente deseja que aconteça.
Em resumo, você se AFASTA do “Plano A” ! É isto mesmo que você quer?
Talvez você esteja se perguntando: ” – Mas este mecanismo de proteção não é importante? Ter outras opções em mente não é produtivo? Ainda mais nos dias de hoje, em que está tudo tão difícil…?”
Eu penso que “não pensar em Plano B” seja quase impossível. Ainda guardamos resquícios dos nossos antepassados (herança filogenética), que precisavam se precaver e pensar em várias possibilidades de insucesso (a “simples” atividade de sair em busca de alimento era algo bastante arriscado e os membros da nossa espécie mais habilidosos – que se precaviam pensando em diferentes “Planos B” tinham chances maiores de sobreviver e perpetuar a espécie).
Ou seja, enquanto membros da espécie humana, continuamos sensíveis aos mecanismos de autoproteção. Mas como tudo tem seus prós e contras, quanto mais pensamos no “Plano B”, naturalmente mais nos afastamos do “Plano A”, aquele que faz mais sentido e nos deixaria, à princípio, mais feliz.
Então, uma outra possibilidade, mais ousada e arriscada é: CONCENTRE O MÁXIMO DE ESFORÇOS NO “PLANO A”! Corra os riscos! Pule de cabeça! Comprometa-se com o seu desejo e FAÇA ACONTECER! Pode demorar um pouco mais, obstáculos certamente aparecerão… Mas o que você realmente quer?
Repare que as pessoas bem sucedidas (no sentido de terem atingido os objetivos que desejavam) são aquelas que continuaram focadas no “Plano A”!
Agora, retome a situação que você pensou há pouco, em que você tinha um “Plano A” e um “Plano B” bem delineados. Qual deles se concretizou?
Diante do exposto, que tal agora avaliar as condições que contribuíram para a efetivação do “Plano A” (ou B)?
Nunca se esqueça: é você quem decide aonde quer chegar!
Vamos juntos?
Forte abraço,
Ghoeber Morales